TROPA SENIOR MISTA WILLIAM WALLACE
A Tropa Sênior/Guia é voltada aos jovens de 15 a 17 anos de idade de ambos os sexos. O programa educativo visa oferecer maiores desafios e fazer com que os jovens adquiram novas habilidades para superar os obstáculos da vida.
A Tropa Sênior (masculina), Tropa Guia (feminina) ou Tropa Sênior Mista é dividida em patrulhas de 4 a 6 jovens. Cada patrulha adota um nome característico, que pode ser o de algum acidente geográfico bem conhecido pela patrulha ou de uma tribo indígena nacional.
Antes de completar 18 anos de idade, o sênior ou a guia é encaminhado para o Clã Pioneiro, depois de uma cerimônia de passagem na qual se despede da Tropa.
Distintivos de progressão do ramo senior.
Historia do Ramo Sênior no Brasil
Baden-Powell, quando
fundou o Escotismo, criou somente os Ramos Lobinho, Escoteiro e Pioneiro e
estes foram os três ramos implementados inicialmente no Brasil.
Assim permaneceu
durante vários anos, quando no início da década de 40 o Chefe João Ribeiro dos
Santos, pertencente à Associação Escoteira Guilhermina Guinle – Fluminense F.
C. (atual 1º - RJ GE João Ribeiro dos Santos), percebe a necessidade de criar
um ramo que dividisse o Ramo Escoteiro. Esta necessidade surge devido à longa
duração deste ramo, que comportava jovens entre 11 e 18 anos, possibilitando
assim serem notadas disparidades físicas e intelectuais entre os escoteiros.
Pesquisando sobre
o assunto, Dr. João descobre que nos EUA já existia um ramo solucionando este
problema, denominado de Sênior Scouts. Pediu então autorização a UEB para
implementar este ramo em seu grupo escoteiro. Logo, em 20 de novembro de 1945
foi criada a Tropa Sênior do 1º-RJ - GE Guilhermina Guinle – Fluminense F.C., a
primeira Tropa Sênior do Brasil.
A UEB começou
então a regulamentar o Ramo Sênior, que utilizava na passadeira de seu uniforme
um debrum marrom.
As etapas deste
ramo eram uma seqüência das do Ramo Escoteiro, por exemplo: se o garoto chegou
a Segunda Classe no Ramo Escoteiro, ao passar para o Ramo Sênior, já inicia
como Segunda Classe e passa diretamente ao adestramento de Primeira Classe.
As especialidades do Ramo Sênior eram uma ampliação das do
Ramo Escoteiro. Para ser especialista no Ramo Senior era necessário conquistar
primeiro a especialidade equivalente no Ramo Escoteiro e complementar com
alguns itens.
O adestramento
dos dois ramos permaneceu contínuo até os anos de 1975/1976, quando foi
autorizada a criação de etapas diferenciadas para o Ramo Sênior. Foi, então,
criada a Investidura Sênior e as etapas foram simplificadas de forma a
facilitar esta investidura, foram alterados os nomes das etapas para os nomes
atuais: Estágio Probatório, Eficiência I , Eficiência II. O Escoteiro da Pátria
já existia, só que para o Ramo Escoteiro, passou então a ser vinculado ao Ramo Sênior
e a Lis de Ouro foi criada para substituí-lo no Ramo Escoteiro. Nestas novas
etapas havia uma adaptação maior à faixa etária do sênior (14,5 a 18),
possibilitando opções de escolha de itens nas etapas, além de pesquisas. A cor
do Ramo Sênior mudou então de marrom, sua cor inicial, para grená, como é até
hoje.
Podemos concluir
dizendo que esta experiência elaborada por João Ribeiro dos Santos foi de
grande valia e é sucesso até hoje no cenário escoteiro nacional, é importante
ressaltar ainda que o Brasil foi um dos primeiros países a implementar este
ramo e que baseados em nossa iniciativa vários países puderam fundar ramos
correspondentes em seus territórios.
Fonte: UEB-DF